Quando era pequena, vivi aquela magia de acreditar na invenção do Pai Natal e suas renas voadoras, que mesmo gordinho cabia em todas a chaminés das casas, mesmo aquelas que nem chaminés tinha.
Lembro-me de ir pelas ruas iluminadas, de ouvir e cantarolar aquela música venezuelana de natal, que recordo com carinho.
Cheguei até, na minha inocência, escrever cartas ao Pai Natal em folhinha coloridas e cheirosas a dizer "se achas que me portei mal não me ofereças nada Pai Natal, mas como penso que me portei bem, oferece-me uma barbie" Imagino hoje as gargalhadas que meus pais devem ter dado ao ler aquelas cartas inocentes e a dos meus irmãos.
Todo esse colorido, toda essa magia, que mesmo numa invenção mal arranjada pelos adultos, as crianças a celebravam e celebram em verdade e ternura.Hoje saímos a rua e vemos uma euforia louca de pessoas na compra de presentes. Tão medonha de ver, mesmo para quem não adere a aquela loucura toda. Alguns a celebrarão com ternura, verdade e amor, mesmo sem ter um presente para trocar, a não ser o sorriso e o carinho que sentem um pelo o outro e já é dos melhores presentes a brindar todos os dias! Outros... talvez, encontros forçados... Muitas vezes, de famílias que nunca se falam a não ser nesses dias festivos. Máscaras alegres, que sofrem da doença repentina e que dura no máximo só três dias: amnésia dos problemas natalícia. O natal só funciona quando tais encontros são de verdade, quando cantamos e sentimos alegria do que se canta e não falsidade, quando em família a união é sincera e se prolonga sempre. Assim, vale a pena!
Sim, ia a missa; sim, sabia que esse dia era na realidade, segundo muitas religiões, o dia da celebração do nascimento de Jesus.
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