Toda a forma de arte é a expressão da nossa alma e toda expressão da nossa alma é o caminho da nossa existência...
quinta-feira, 13 de junho de 2013
O amor, quando se revela,
não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
mas não lhe sabe falar.
Quem quer dizer o que sente
não sabe o que há de dizer.
Fala: parece que mente.
Cala: parece esquecer.
Ah, mas se ela adivinhasse,
se pudesse ouvir o olhar,
e se um olhar lhe bastasse
pra saber que a estão a amar!
Mas quem sente muito, cala;
quem quer dizer quanto sente
fica sem alma nem fala,
fica só, inteiramente!
Mas se isto puder contar-lhe
o que não lhe ouso contar,
já não terei que falar-lhe
porque lhe estou a falar...
Fernando Pessoa
não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
mas não lhe sabe falar.
Quem quer dizer o que sente
não sabe o que há de dizer.
Fala: parece que mente.
Cala: parece esquecer.
Ah, mas se ela adivinhasse,
se pudesse ouvir o olhar,
e se um olhar lhe bastasse
pra saber que a estão a amar!
Mas quem sente muito, cala;
quem quer dizer quanto sente
fica sem alma nem fala,
fica só, inteiramente!
Mas se isto puder contar-lhe
o que não lhe ouso contar,
já não terei que falar-lhe
porque lhe estou a falar...
Fernando Pessoa
Pintura de Leonid Afremov |
quarta-feira, 12 de junho de 2013
sexta-feira, 24 de maio de 2013
Aqui eu te amo.
Nos escuros pinheiros se desenlaça o vento.Fosforesce a lua sobre as águas errantes.
Andam dias iguais a perseguir-se.
Descinge-se a névoa em dançantes figuras
Uma gaivota de prata se desprende do ocaso.
As vezes uma vela. Altas, altas, estrelas.
Ou a cruz negra de um barco.
Só.
As vezes amanheço, e minha alma está húmida.
Soa, ressoa o mar distante.
Isto é um porto.
Aqui eu te amo.
Aqui eu te amo e em vão te oculta o horizonte.
Estou a amar-te ainda entre estas frias coisas.
As vezes vão meus beijos nesses barcos solenes,
que correm pelo mar rumo a onde não chegam.
Já me creio esquecido como estas velha âncoras.
São mais tristes os portos ao atracar da tarde.
Cansa-se minha vida inutilmente faminta..
Eu amo o que não tenho. E tu estás tão distante.
Meu tédio mede forças com os lentos crepúsculos.
Mas a noite enche e começa a cantar-me.
A lua faz girar sua arruela de sonho.
Olham-me com teus olhos as estrelas maiores.
E como eu te amo, os pinheiros no vento,
querem cantar o teu nome, com suas folhas de cobre.
Pablo Neruda
Créditos da Pintura: Reina Pinto
terça-feira, 14 de maio de 2013
quarta-feira, 10 de abril de 2013
segunda-feira, 8 de abril de 2013
"Hoje que tanto se fala em crise, quem não vê que, por toda a Europa, uma crise financeira está minando as nacionalidades? É disso que há-de vir a dissolução. Quando os meios faltarem e um dia se perderem as fortunas nacionais, o regime estabelecido cairá para deixar o campo livre ao novo mundo."
em «Citações e Pensamentos de Eça de Queirós»
em «Citações e Pensamentos de Eça de Queirós»
Parece tão actual, não é?
Quando será que os regimes políticos ouvirão este Grande Senhor e escritor?
domingo, 3 de março de 2013
"Lembrando traços surrealistas como o de René Magritte, o designer John Leung, do estúdio de arquitetura australiano ClarkeHopkinsClarke, desenvolveu um jogo de prateleiras que cria uma ilusão de óptica".
Fonte: http://revistapegn.globo.com/Revista/Common/0,,EMI216611-17180,00-DESIGNER+CRIA+ILUSAO+DE+OPTICA+COM+PRATELEIRAS.html
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013
Sem ti
E de súbito desaba o silêncio.
É um silêncio sem ti,
sem álamos,
sem luas.
Só nas minhas mãos
ouço a música das tuas.
Eugénio de Andrade
https://www.facebook.com/ colin.stapleslifeart
E de súbito desaba o silêncio.
É um silêncio sem ti,
sem álamos,
sem luas.
Só nas minhas mãos
ouço a música das tuas.
Eugénio de Andrade
Colin Staples LifeArt |
https://www.facebook.com/
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013
Artist: Vincent van Gogh
Dutch Post-Impressionist Master, 1853-1890
Title: Harvest at La Crau, with Montmajour in the Background
Completion Date: 1888
Place of Creation: Arles-sur-tech, France
Style: Post-Impressionism
Genre: landscape
Technique: oil
Material: canvas
Gallery: Van Gogh Museum, Amsterdam, Netherlands
terça-feira, 19 de fevereiro de 2013
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013
Boa noite compartilho um poema de uma poeta portuguesa e que adorei.
Me lembrou a personagem Benjamim do filme o Palhaço, naquela fase que tenta encontrar seu ventilador.
bj
"Há que ser palhaço"
Se acaso olhasses
O mar dos meus olhos
Esquecesses a cor
E a fantasia
Vias dor aos molhos
Tristeza tingida
Em tela perfeita
Notas de alegria
Em rima desfeita
Guitarra cansada
Sem som e magia
Triste sinfonia.
Irias saber...
Poetas das cores
De embargo na voz
Heróis á partida
Somos todos nós
Uns "enganadores"
Palhaços da vida.
Se acaso quisesse
Soubesse mostrar
No fundo de mim
A min'alma nua
Atrás do sorriso
E do meu cantar
Verias chorar
As pedras da rua.
Mas já que na vida
O momento passa
Há que ganhar cor
Travar a desgraça
Pegar em amor
Enfeitar com laços
E não nos queixemos
Sejamos Palhaços !
Dina Soares Oliveira
(Pintura de Marinho Neves)
segunda-feira, 28 de janeiro de 2013
Ao longo do filme a Casa do Lago, de Alejandro Agresti, fala em algumas de suas cenas de um livro, que a muito tempo tinha lido e adorei: Persuasion, de Jane Austen.
Vale a pena ler ou reler.
Esta é minha sugestão de uma boa noite, tanto o livro como o filme.
Boa noite :)
Imagem do filme Casa do Lago
Duas páginas do livro original
Fonte: http://www.bl.uk/learning/timeline/item106326.html
sábado, 26 de janeiro de 2013
De um sonho,
Uma flor floresce
A espera de ação,
Que caminha
Na estrada do sentimento
E no tempo do coração.
Pulsa o tempo da vida.
Se ouvires com atenção
O seu pulsar avisa,
Que tempo não se desperdiça
No que não vale a pena,
Que sonhos só esperam
Enquanto os olhos piscam.
@RP
sexta-feira, 18 de janeiro de 2013
sábado, 12 de janeiro de 2013
quinta-feira, 3 de janeiro de 2013
Que nos separa
São vagas de amar
Sabor de talha rara
E sinto esta saudade
Nefasto tempo desleal
Díspar desacertada idade
Paixão entre teu gosto a sal
Atravesso as vicissitudes
Rasgo as ondas deste mar
Agarro-te meu porto
E nestas desvirtudes
Embalamo-nos no amar
Somos um no outro conforto.
José Melim (Poeta Madeirense)
quarta-feira, 2 de janeiro de 2013
Emmy Curl - Song Of Origin (Demo)
Boas tardes, ainda não tinha ouvido e fiquei encantada com a voz desta cantora portuguesa!
Compartilho contigo para uma tarde bem alegre e feliz :)
terça-feira, 1 de janeiro de 2013
Feliz ano novo a todos que me acompanham neste blog, desejo o melhor que podemos desejar a alguém: A felicidade, que inclui tudo o que nos deixa nesse estado. :)
Este ano tenho alguns objetivos que pretendo concretizar e que não consegui no ano anterior.
Que tenhamos sempre luz nos nossos caminhos e que sigamos o que o nosso coração guia.
Um poema:
Este ano tenho alguns objetivos que pretendo concretizar e que não consegui no ano anterior.
Que tenhamos sempre luz nos nossos caminhos e que sigamos o que o nosso coração guia.
Um poema:
Não se acostume com o que não o faz feliz, revolte-se quando julgar necessário.
Alague seu coração de esperanças, mas não deixe que ele se afogue nelas.
Se achar que precisa voltar, volte!
Se perceber que precisa seguir, siga!
Se estiver tudo errado, comece novamente.
Se estiver tudo certo, continue.
Se sentir saudades, mate-a.
Se perder um amor, não se perca!
Se o achar, segure-o!
FERNANDO PESSOA
Alague seu coração de esperanças, mas não deixe que ele se afogue nelas.
Se achar que precisa voltar, volte!
Se perceber que precisa seguir, siga!
Se estiver tudo errado, comece novamente.
Se estiver tudo certo, continue.
Se sentir saudades, mate-a.
Se perder um amor, não se perca!
Se o achar, segure-o!
FERNANDO PESSOA
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